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Cálcio
O cálcio é um mineral essencial para a nossa saúde, sendo um dos mais abundantes no nosso corpo, e atua em diversas funções biológicas. Ele é benéfico principalmente para a saúde óssea e muscular, além de ser indispensável durante a gestação. Além de seu papel estrutural na formação e manutenção dos ossos e dentes, também está envolvido nos processos de contração muscular, contração vascular e vasodilatação, coagulação sanguínea e transmissão de impulsos nervosos, entre outras funções.
Principalmente encontrado no leite e derivados, também pode ser obtido através da suplementação. Nosso Citrato de Cálcio foi testado em laboratório para garantir maior qualidade e ação no organismo. Devido a seu formato molecular como citrato, o mineral se torna mais biodisponível, melhorando a absorção e evitando irritabilidades ou desconfortos gástricos.
Embora existam vários fármacos à base de cálcio para reposição do organismo, existem diferenças entre eles nas vias de administração, proporção de cálcio por grama, velocidade e quantidade absorvida, sendo às vezes, com indicação terapêutica diferente. O Citrato de Cálcio contém 40% de cálcio elementar e, portanto, fornece uma grande quantidade de cálcio em uma pequena porção.
A ingestão de cálcio recomendada é de 1000 mg por dia para adultos até 50 anos de idade e 1200 mg por dia para adultos com idade superior a 50 anos. Nesse sentido, o baixo consumo de cálcio está relacionado a vários efeitos maléficos, em destaque para a ruptura de cálcio dos ossos, levando a descalcificação de estruturas funcionais do organismo. Desta forma, para os indivíduos com consumo insuficiente recomenda-se suplementação periódica de mineral.
Estudos sobre Cálcio
Prevenção da osteoporose
Estudos demonstram que a suplementação de cálcio pode auxiliar na prevenção e tratamento de osteoporose, evitando quedas e fraturas bem como, atuando como complemento das necessidades orgânicas de cálcio, em estados deficientes e para o tratamento de hipocalcemia.
Um estudo randomizado controlado, 1471 mulheres pós-menopáusicas saudáveis (com idade de 74 +/- 4 anos) foram submetidas a suplementação de 1g/dia de cálcio com objetivo de avaliar os efeitos na densidade óssea e incidência de fratura ao longo de 5 anos. Como resultado do estudo, a suplementação de cálcio teve um efeito benéfico significativo na densidade óssea e na alta renovação óssea, sendo esta um fator de risco de fratura por si só.
Em concordância com esses achados, em um estudo clínico duplo-cego, randomizado e controlado, desta vez realizado com 323 homens, a suplementação de 600 ou 1200 mg de cálcio ou placebo diariamente foi realizada por um período de 2 anos. A densitometria óssea no final do estudo aumentou significativamente para o grupo que recebeu o suplemento em relação ao placebo (1–1,5%).
Uma meta-análise de 2012 incluindo todos os ensaios clínicos randomizados até a data de publicação, nos quais o cálcio foi utilizado para prevenir fraturas e perda óssea osteoporótica foram avaliados. 29 estudos clínicos randomizados (n = 63.897) Como resultado da pesquisa, nos estudos que relataram fratura como resultado (17 estudos, n = 52 625), o tratamento foi associado a uma redução de risco de 12% em fraturas de todos os tipos. Nos estudos que relataram a densidade mineral óssea como resultado (23 estudos, n = 41 419), o tratamento foi associado a uma taxa reduzida de perda óssea de 0,54% no quadril e 1,19% na coluna vertebral.
Desta forma as evidências mostram que pode-se esperar que os suplementos de cálcio melhoram a densidade mineral óssea a longo prazo e diminuem o risco de fratura.
Referências:
1 Dietary Reference Intakes for Calcium and Vitamin D.
Institute of Medicine (US) Committee to Review Dietary Reference Intakes for Vitamin D and Calcium - 2011
2 Randomized controlled trial of calcium supplementation in healthy, nonosteoporotic, older men.
Reid IR, Ames R, Mason B, Reid HE, Bacon CJ, Bolland MJ, Gamble GD, Grey A, Horne A - 2008
Riggs BL, O'Fallon WM, Muhs J, O'Connor MK, Kumar R, Melton LJ 3rd - 1998
Tang BM, Eslick GD, Nowson C, Smith C, Bensoussan A - 2007
Cálcio e menopausa
No período da menopausa, as alterações hormonais intrínsecas do processo fisiológico levam à piora da absorção de cálcio pelo organismo. Estudos avaliam os efeitos na suplementação para essa amostra populacional, categorizado como grupo de risco para osteoporose.
Os ensaios clínicos randomizados demonstraram que a suplementação de cálcio diminui a perda óssea na pós-menopausa. Um estudo avaliou os efeitos da administração de 1g de cálcio por mulheres na pós-menopausa (± 58 anos) durante 2 anos na perda óssea. Como resultado, a suplementação levou à diminuição da taxa média de perda de densidade mineral óssea corporal total em 43%. Em um estudo da mesma faixa etária 1 ano de suplementação de 1600 mg de cálcio foi associado a diferenças na densitometria óssea de 2% na coluna em comparação com o placebo.
Referências:
Devine A, Dick IM, Heal SJ, Criddle RA, Prince RL - 1997
2 Effect of calcium supplementation on bone loss in postmenopausal women.
Reid IR, Ames RW, Evans MC, Gamble GD, Sharpe SJ - 1993
3 Randomized controlled trial of calcium in healthy older women.
Reid IR, Mason B, Horne A, Ames R, Reid HE, Bava U, Bolland MJ, Gamble GD - 2006
Cálcio e melhora da TPM
Pesquisas nos últimos anos sugerem que uma variedade de nutrientes pode ter um papel importante no humor relacionado à fase de distúrbios comportamentais da síndrome pré-menstrual. Os hormônios ovarianos influenciam o metabolismo de cálcio, magnésio e vitamina D. O estrogênio regula o metabolismo de cálcio, a absorção intestinal de cálcio e a expressão e secreção do gene da paratireóide, desencadeando flutuações ao longo do ciclo menstrual. Nesse sentido, alterações no metabolismo do cálcio têm sido associadas a muitos distúrbios afetivos.
Para avaliar o efeito do carbonato de cálcio nas fases lútea e menstrual do ciclo menstrual, um estudo duplo-cego, controlado por placebo, foi realizado em 497 mulheres saudáveis com idades entre 18 e 45 anos. Durante a fase lútea do ciclo do tratamento, uma pontuação média significativamente menor dos sintomas foi observada no grupo tratado com cálcio. No terceiro ciclo do tratamento, o cálcio resultou efetivamente em uma redução geral de 48% nos escores totais em comparação com redução de 30% no placebo.
Além disso, um estudo realizado em 210 estudantes do sexo feminino teve como objetivo investigar os efeitos do cálcio e da vitamina B1. O grupo 1 recebeu um comprimido contendo 100mg de vitamina B1, o grupo 2 recebeu 500mg de cálcio e o grupo 3 recebeu placebo. Depois de 2 meses, a redução dos sintomas foi melhor nos grupos que receberam suplementos. Tanto a vitamina B1 quanto o cálcio tiveram efeitos na melhora dos sintomas físicos da TPM, mas o cálcio reduziu os sintomas psicológicos melhor do que a vitamina B1.
Por fim, um estudo duplo-cego realizado com 66 estudantes que receberam 500 mg de carbonato de cálcio durante dois meses demonstrou diferenças significativas entre o primeiro e o segundo ciclo menstrual após a intervenção, com diferenças significativas nos sintomas de ansiedade, depressão, alterações emocionais, retenção hídrica e alterações somáticas no grupo cálcio em comparação com o grupo placebo nos ciclos menstruais, sugerindo que o cálcio é eficaz para reduzir os transtornos de humor durante a TPM.
Referências:
Samieipour S, Kiani F, Babaei Heydarabadi A, Tavassoli E - 2016
2 Effect of calcium on premenstrual syndrome: A double‑blind randomized clinical trial.
Shobeiri F, Araste FE, Ebrahimi R, Jenabi E, Nazari M - 2017
Thys-Jacobs S, Starkey P, Bernstein D, Tian J - 1998